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Análise e Pensamentos do WWE RAW: Entram 30, sai apenas 1


Em antes do Royal Rumble, a WWE deu o último passo em direção ao primeiro grande evento de 2013. O RAW esteve cheio de atrações e desenvolveu os últimos retoques das grandes feuds e combates. Na sequência revemos tudo o que se passou.....

Este programa teve uma qualidade acima da média, mas nem por isso se deixou levar por segmentos que tendem empurrar a ideia de qualidade para o espectador. Na verdade, foi um programa de construção consciente, com tempo ideal para se falar de todos os combates do próximo PPV.

Inclusive a Royal Rumble match, a atração principal, que neste ano tem vários candidatos colocados como principais a vitória. Tudo isto porque estes mesmos tiveram um período fértil adjuntos ao booking nas últimas semanas.

Após o falatório de abertura, foi nos apresentado o conceito beat the clock challenge, que desta vez premiaria o ganhador em menos tempo com a chance de escolher em que número entrar na Rumble match. Pessoalmente, aprecio esta temática de tempo pela emoção nos minutos finais e a forma como sempre é trabalhada neste suspense. Devo ainda dizer que passei a apreciar ainda mais quando vi que os combates tinham todos mais de 10 minutos.

Combates longos e bons vem se tornando tradição do RAW de três horas. Apesar de não ser regra, estes shows, quando mais longo propiciam quase que o dobro de qualidade em ringue do que num show comum, isto é, retirando algumas lutas para preencher os minutos. E este é também um ponto que me faz defender o projeto de maior duração de tempo da WWE.

Antonio Cesaro vs. Randy Orton foi apresentado com a química que os dois têm. Um Orton sempre calculista frente a um perigoso adversário que cada vez mais se solidifica na WWE. A experiência de Randy foi visivel na contenda com a queda para o exterior, resguardando-se da derrota.

O campeão americano é ainda mais aprazível agora que está irônico e provoca ainda mais a nação americana. A evolução já é visível. Também tenho gostado da feud Orton vs. Sheamus e se for para um combate na Wrestlemania, a construção de três meses vem sempre a calhar.

No segundo beat the clock challenge da noite, The Miz foi derrotado por Dolph Ziggler. Fiquei feliz com a vitória pois veio em tempo certo, depois das duas derrotas humilhantes do Show Off perante John Cena. A disputa foi boa e entretida. As nearfalls ao início já deram o tom do relógio e o ritmo se seguiu.

Sinceramente e sem querer vir com críticas ao The Miz em todas as semanas (mas acho que com esta crítica até os fãs concordarão), não consigo ver o Awesome One a usar o figure four leglock, sobretudo com a técnica pouco apurada para trabalhar na perna do oponente. Isto não significa que não gosto dele em ringue, pois sou fã, apesar de entender suas limitações.

Finalmente o grupo de Dolph Ziggler esteve usado como se deve neste RAW. O intuito de se ter um manager poderoso fisicamente e uma valet poderosa sexualmente é intervir, fazer de todas as táticas heels efetivas. Acho que este tipo de  baseamento tem de se manter, já que dou fé que ambos Big E Langston e AJ serão basilares no cash-in de Ziggler, que realmente deve ficar para depois da Wrestlemania. Ainda bem.

No final da competição, Sheamus não conseguiu bater o tempo de Ziggler e a disputa com Wade Barrett não terminou. O tipo de caos final define bem o que penso do relógio envolvido na luta. Barrett e Sheamus trabalharam no seu estilo duro e conseguiram um novo bom combate.

No tópico de Rumble match, Ryback dizimou completamente ao líder dos 3MB, Heath Slater. Após a disputa, o Big Hungry fez mais uma boa promo, o que vem se tornando habitual. Dentro do ringue e ao microfone, há intensidade e não é algo que se forçado como personagem. É visível  É isto que torna um powerhouse em alguém de sucesso. E é isto que Ryback está a ter. E espero ainda mais, de preferência.

Me impressiona que Orton tenha tido tanto trabalho com Slater...

John Cena não gostou de Ryback ter dito que ganharia a Rumble match, então também veio ao ringue, desta vez em outro segmento, para fechar o show.

Cena brincou como se tivesse retardo mental e essencialmente esteve a acumular chouriços a sua mochila. Contudo, a decência dos espectadores foi salva quando Sheamus interviu. E depois, em escala, foram vários outros lutadores a intervir até que o ringue ficou cheio.

Este tipo de segmento é muito capital no wrestling, quer na Rumble, quer no Survivor Series. O impressionante é que sempre rende. Gosto. Não chega a mostrar a essência da Rumble match pois este combate normalmente não tem a densidade em ringue que tivemos no RAW. Mesmo assim, é o tipo de construção que admiro.

Big Show vs. Alberto del Rio será novamente uma Last Man Standing Match. E quem viu a primeira, com certeza já está a gostar da ideia de se ter uma segunda.

A disputa original do Smackdown foi absolutamente fantástica. Os dois trabalharam bem no papel de gigante vs. underdog, com Show a perder apenas por desconhecer o perigo de Del Rio. Perigo este que aumenta cada vez mais, agora que este adiciona novos golpes ao seu move-set, como os apresentados no combate contra Tensai.

A World Heavyweight Championship Match foi talvez uma feud com pouco tempo de construção e acho acertado. Penso que devem apenas dar quase que um gosto ao espectador, para desenvolver ela totalmente no Smackdown. Caso contrário, não era necessário dois shows semanais.

A expulsão de The Rock da arena é criativo, sem dúvidas. Se veio da mente de Gewirtz, que o recontratem e logo.

Os inícios dos RAWs são melhores, para mim, quando logo se põe uma feud de topo a abrir, mas sem dar aquilo que os fãs querem. O desenvolvimento só pode ocorrer mais tarde ainda no mesmo programa. E foi isto que aconteceu.

Apesar de Rock não ter a attitude de Steve Austin, a obstrução ao Great One pareceu as várias tentativas de Mr. McMahon para prender Stone Cold Steve Austin. Rock sempre provocativo foi assim melhor aproveitado em dois segmentos, e na minha opinião, quando mais Rock no RAW, melhor.

The Rock é um sujeito que tem um carisma infinito e que prova o porquê de muitos por vezes dizerem que eras passadas formaram melhores estrelas. Não vejo ninguém na história do wrestling a fazer o que o Brahma Bull faz, com o microfone. Podemos ter muitos sujeitos que conseguem ovações com taunts e dentro do ringue, mas dificilmente no micro. É completo.

Com seu adversário banido do Royal Rumble, WWE Champion CM Punk se viu livre para instaurar o caos.

Punk apresentou uma promo que, para mim, é melhor que a soot promo de 2011 e facilmente se enquadra como uma das melhores de sempre. Mas é apenas a opinião do sujeito que pensa que The Rock vs. John Cena foi o combate de 2012.

Intensidade é algo que tenho gosto em promos, principalmente quando estas são para construir combates do gênero. O Best in the world não manteve o tópico em respeito, ou em como as coisas no backstage da WWE ocorrem. Ele foi feroz, quase que um doente mental. Psicótico, ele falou sempre a olhar para a câmera e com expressões faciais extraordinárias, conseguindo vaias de todas as formas mas sem se concentrar no público, já que a mensagem era para o Great One.

Mais tarde, Rock viria a responder. O antigo WWE Champion fez um discurso a citar Martin Luther King e mais algumas frases de efeito, dando a entender que ganhará o WWE Championship. As luzes se apagaram e finalmente os The Shield tiveram uma altercação com a lenda.

Uma semana em antes da Royal Rumble, a destruição do trio sobre Rock veio a calhar e deixa um ar de mistério sobre o PPV e a contenda, posto um anúncio de Mr. McMahon de que o grupo está banido de subsidiar a Punk.

Rock cuspiu sangue e Punk teve sua tréplica, outra vez intenso e a mandar uma mensagem que entrou e desabalou mentalmente ao seu adversário, algo que John Cena falhou em fazer durante um ano.


Compro uma bala que me faça cuspir sangue ainda na minha cidade.

A Royal Rumble promete.

O serviço do wwe.com/ppv é péssimo.

É com aquele que a Brie Bella anda?

Se todos os RAWs fossem como este, em distribuição de segmentos e participação dos lutadores, mais a qualidade irremediável, estaria mais feliz. Grande show!

If you smell...

Classificação: A
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