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Polêmica: 2012 marca o fim da WWE; uma análise ao péssimo ano


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2012 marca o fim da WWE, uma análise ao péssimo ano.

Neste ano vimos o fim. O fim da criatividade.

Um período extremamente carente de qualidade, que causou a deficiência na criação de storylines envolventes, que pudessem prender o telespectador.....

Os últimos doze meses contaram com um buzz gigantesco, que com o mínimo de decência seria capitalizado nos momentos apropriados, como o combate John Cena vs. The Rock e os regresso de Chris Jericho e Brock Lesnar.

Todavia, o amontoado de estupidez foi se acumulando de tal forma que acabou por resultar na demissão do cabeça-chave no que concerne a criação, Brian Gewirtz.

É inegável o delay que acompanhou o calendário e isto remonta a 2011, com o regresso vergonhoso de Kane, que sofreu do mesmo castigo que Big Show e precisou refrescar a personagem só alcançando a maturidade quando batalhou Randy Orton, isto, curiosamente, em ambos os casos depois de Jobs para John Cena.

Simultaneamente, Chris Jericho era posto em segundo plano (o que não reitera o seu péssimo regresso com uma tentativa falha de revigorar uma personagem pronta do Y2J heel), assemelhando-se a CM Punk, que por mais que teime em relembrar os dias do seu reinado, apenas tornou-se campeão verídico em setembro.

Mas Punk não chega a ser problema, sendo talvez o único, junto a Daniel Bryan, Sheamus e Chris Jericho, que conseguiu momentos entretidos ao longo do ano, feuds bem construídas pautadas por combates do mesmo feitio e que salvaram o calendário fatigante.

A meu ver, o problema fulcral passa pelas rivalidades de topo da companhia, as que movimentaram e encabeçaram os programas ao longo de 2012 e que, sem exagero e sem exceções, foram todas (repito: todas) ruins. Irei citá-las, como forma de comprovar: John Cena vs. Kane, John Cena vs. The Rock, John Cena vs. Brock Lesnar, John Cena vs. Big Show, John Cena vs. John Laurinaitis, John Cena vs. CM Punk vs. Big Show, Triple H vs. Brock Lesnar, CM Punk vs. Ryback, John Cena vs. Dolph Ziggler. É importante notar que a presença de John Cena é coincidência, afinal ele já provou ao longo de sua carreira que tem qualidade para carregar shows com boas rivalidades. Neste ano, no entanto, a forma como foi tratado, um bocado além-superheroi que já é, causou a maioria dos problemas nas suas pelejas travadas.

Um nome em especial que foi citado no parágrafo supracitado merece destaque. Penso, e seguindo o provérbio, que “errar é humano, insistir no erro é burrice”, e apartir disto, houve a persistência em tolices como o longo período de poder de John Laurinatis, que em minha opinião, foi o relevo em termos dos piores momentos do ano.

Como figura de autoridade, Laurinaitis foi tido como grande overrated, já que como GM ocupou papeis importantes nas rivalidades dos seus shows, algo que não aprecio em geral. Penso que os General Managers tem, sim, seu papel ocasional de envolver-se em certos causos, contudo, não mês após mês como na Era People Power, que diga-se de passagem terminou com a vida do seu líder dentro do seio da empresa.

Além de ser nulo no microfone, o Big Johnny não fez um heel turn acertado apesar de muitas oportunidades (talvez pela sua falta de capacidades). E este turn mal acabado também assolou outros wrestlers em 2012, como Jericho e CM Punk.

Outro fator a se visualizar é que ao longo de doze meses, sequer houve a chance de alguma estrela refrescante tomar a frente e salvar o show, o que possivelmente torna os Primetime Players os melhores rookies do ano. Isto é mau. Basta ver que Brodus Clay e Ryback padeceram em meses de squashes que poderiam ter anulado completamente a carreira dos dois (esta frase fica por haver, afinal Clay está sem rumo). Outros, como Antonio Cesaro, são o completo adverso, acabando sendo prematuros, numa manobra arriscada que finda por vezes carreiras de jovens e talentosos performers como o caso do U.S. Champion.

Prematuro lembra-me do Raw avançar a três horas, um projeto correto, mas que devia ter sido cauteloso.

Vince McMahon é louco. O tipo de louco para ter Russo como braço direito na Attitude Era. Entretanto, até ele deveria ter tido a ciência de criar em antes de julho, uma grande storyline a decorrer em meio ao show de número 1000, o que de fato não se entende por Big Show vs. Cena vs. Punk, até pelo fato deste último ser tudo menos um drawer e, no período em questão, um tweener.

Entendam, uma grande storyline poderia ser alinhada com o Summerslam e sacar o período de junho-agosto para alcançar repercussões e ser um chamariz a audiência.

A WWE optou por não fazer este tipo de medida e resultou no panorama atual, com ameaças de cortes em funcionários, no próprio programa e oxalá no fim da própria companhia.

Eu fico apenas triste.

Se anunciou que em 2012 veria-se o fim do mundo, mas o que presenciamos foi o fim da WWE.


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