Ultimas

Mac in Touch #3 - "Ponto de Viragem?"


Sejam bem-vindos a mais um Mac in Touch. É o 3º artigo a escrever para vocês, vasto público do Wrestling Notícias. Peço-vos um tempinho para comentarem o artigo no fim de o lerem de forma a aumentar o feedback que tenho tido...

Confesso que não vi, ainda o RAW desta semana e que o Smackdown! foi visto um pouco a correr. Assim, creio que um possível desabafo sobre o que se passou após o Hell in a Cell poderá cair em desuso. Também por esses motivos não me considero apto para vos trazer pensamentos e análises sobre o que se vai passando na actualidade da WWE.

Sobra a TNA, que tenho acompanhado desde que voltei a ver wrestling (Wrestlemania deste ano). Vou-me aventurar com a primeira crónica sobre a empresa de Dixie Carter no WN.

Ponto de Viragem?

Importa sublinhar o que referi acima e acrescentar que deixei de ver TNA por volta de 2008. Para além disto, quando voltei a ver o Impact, fiquei desagradado, mas li e ouvi por essa comunidade online fora que o produto andava a melhorar significativamente principalmente relativamente ao ano passado.

Segundo os relatos, as storylines parecem estar mais próximas de bater certo, o nível de wrestling aumentou ligeiramente e há mais organização no que ao roster e sua hierarquia diz respeito. No entanto, parece-me, ainda há algumas lacunas de que a companhia se padece e no último Impact notei muito isso... aliás, ao longo dos últimos meses fui notando isso mesmo e haverá, por certo, muita coisa que não irei dizer porque prefiro focar-me no próximo PPV e actualidade da empresa.

Não podendo comparar o ano passado com o actual, não serei tão condescendente como o pessoal que acompanhará TNA por um período sucessivo que abrange, por exemplo, o infame episódio de Jeff Hardy no Victory Road do ano passado. Fica, portanto, o aviso à tripulação mais ferrenha da principal alternativa de wrestling à WWE.

Ao ver o último Impact, retirei algumas notas mentais, e creio que será coerente começar por aí, desde logo com o conceito que o envolveu...

Open Figh Night

Ainda não percebi muito bem o conceito disto, e isso é algo que não abona a favor da credibilidade deste gimmick show ou o que entenderem chamar-lhe. Ok, há lutadores que desafiam outros lutadores para um combate e supostamente estes têm de aceitar... ou podem fugir? Se podem fugir, a única novidade que há em relação aos shows normais é que já sabemos de antecipação que vai haver alguém a ser chamado; se não podem fugir, há muito que se pode perder, desde logo, por exemplo, o impacto do  embate de um Main Event de um PPV- ou pelo facto de um dos lutadores não desafiar o seu adversário ou pelo facto de haver, de facto, luta entre esses dois em free-TV quando seria suposto pagar-se para os ver a lutar.

Mais uma coisa- todos podem escolher quem quer que seja? e como são definidas as prioridades? Não devia haver uma espécie de sorteio ou... vá!, uma pre-selecção da parte da figura de autoridade sobre quem poderia escolher o seu oponente? 

A frequência com que há OFN acaba por menosprezar, longo termo, o mesmo. Há um a todo o mês em 4/5 shows. Não é novidade, não chama tanto a atenção.

Enfim, penso que é um dos aspectos que a companhia tem de melhorar porque o conceito do OFN, se se descobrir...ou melhor, reinventar, poderá ser explorado de forma interessante.

Depois de uma história que envolve um participante do Big Brother uma semi-brawl, felizmente houve a intensidade de Samoa Joe a compensar isto tudo. Segue-se um segmento relativo à história do título mundial da TNA, onde se ouvem...

Os Pensamentos de Jeff Hardy 

A indústria de pro-wrestling está numa fase de renovação. Há fãs cada vez mais novos e que irão, mais tarde ou mais cedo, dominar a faixa etária que dá audiência aos shows semanais. Jeff surge, um bocado à imagem de um Rey Mysterio/John Cena como símbolo da companhia e fonte de receitas para esse mesmo público e, acredito, não só. Pode-se, legitimamente, afirmar isso graças ao bom trabalho desenvolvido pelo staff critativo da TNA na construção de uma personagem tão importante para a companhia.

No entanto, acho que é ir longe demais colocar-se Jeff a falar sem abrir a boca. Isto é, como que por magia. Eu posso aceitar isso como inovação, mas da mesma maneira que posso ser condescendente com este tipo de "upgrade" ou qualquer eufemismo que queiram usar, também compreendo ( ainda melhor) aqueles que vêem a sua inteligência insultada ao ver estes segmentos.

Se se tratasse de um show televisivo normal, como uma série (vem-me à cabeça os monólogos fantásticos de Dexter, por exemplo), compreender-se-ia, mas isto é pro-wrestling! Algo que tem que parecer tão real fora do círculo quadrado como dentro e muito honestamente não acho que haja espaço para este tipo de... "botches".

Passamos pelos fantásticos Daniels e Kaz em mais uma promo bem-sucedida. Há o Gut Check (boa ideia tendo em conta a falta de um show de desenvolvimento tipo NXT ou OVW), volta-se a falar do menino do Big Brother e volta-se a Hardy que desafia Aires para um Ladder Match para a desforra do Double Ace para o PPV do próximo Domingo. Depois disso há ainda uma promo envolvendo Roode, Styles e Storm ficando marcado um combate para esse mesmo PPV e há ainda um não-combate entre a antiga Team 3D (brawl geral entre Team TNA e A&8's) e que nos atira para o próximo Impact, o último antes do..

Turning Point 

O nome do PPV, presumo, fará salivar aqueles que estiveram na queda da TNA e que têm esperança em ver chegar o tal ponto de viragem no rumo dos acontecimentos. Uma direcção sustentada e sustentável que vai dar ao sucesso, ao aumento dos ratings e ao estabelecimento definitivo da empresa de Dixie Carter como séria alternativa à WWE. O card:

- O Ladder Match promete. No que ao próprio combate diz respeito, Hardy é indissociável do conceito do mesmo e Austin Aires é um dos lutadores mais versáteis da actualidade e um dos senhores que mais antipatia gera contra o Mr. Simpatia. O enquadramento é aceitável.

- Magnus vs Joe e World's Tag Team Champions of the World vs Chavo e Hernandez são combates que têm história a suportá-los, além de serem previsíveis bons combates. No meio disto tudo, quem ganha são os fãs e os... títulos que estarão em disputa. Estes fazem parte do mid card da companhia, mas parecem significar algo e isso é um motivo de grande orgulho para os criativos e fãs da TNA.

- O Three Way para determinar o Candidato Principal ao título da TNA no próximo PPV é algo de muito interessante, principalmente se tivermos em conta que o lutador "pinado" só poderá voltar a lutar pelo título em Outubro de 2013. Para além de o cinto principal da companhia ficar credibilizado com um combate guardado para PPV que determina quem luta por ele, há ainda a expectativa natural de ver que lutador não merecerá a title-shot. Storm teve aparentemente os planos arruinados para vencer o BFG Series (alteraram-se mesmo os planos, soube-se), Roode está demasiado over para ser desperdiçado como um heel com que Jeff possa trabalhar e Styles não carrega o título principal há uns dois anos... havendo ainda o aliciante da história Roode-Storm por trás. Sem dúvida um combate bem "apimentado" ainda que tenha sido marcado à pressa.

Estes 4 combates não chegam para cobrir qualquer tipo de estupidez que se possa fazer, mas são um grande aliciante para o PPV de Domingo. Pode-se falar em ponto de viragem? Depende do que se faça  com os Aces&Eight's (e ter Devon contra... Angle(?!) não ajuda nada, deixando de fora, para já Bully Ray, fundamental para este combate, ou Sting... mas sobre isso prefiro não me alongar e esperar pelo Impact anterior ao TP), com as Knockouts e do quão grande continuar a ser o ego de Hulk Hogan no seio da companhia. Para já, com combates completamente fora de contexto e com celebridades que ninguém conhece a coisa ainda não dará para isso. Mas a categoria dos 4 combates  acima referidos e o nível de qualidade que estes podem representar para as futuras storylines da companhia alimenta uma esperança de ponto de viragem rumo ao ... ponto de viragem.
Com tecnologia do Blogger.