The Trooper - One night only (R2WM & TNA)

Durante alguns anos a passividade e o medo de mudar foram algumas das condicionantes que "atiraram borda fora" muitos dos seguidores desta modalidade. Quando não se muda, ou se muda para pior, arrisca-se a perder aquilo que se conquistou. No entanto, assistimos agora a um volte-face na modalidade que, apesar de se encontrar longe de um "boom" mundial, ainda atrai milhões de pessoas. Falo, claro, do wrestling....

Quem não se recorda do pico da "PG-Era" da WWE, onde tudo era proibido? Quem não consegue assistir a uma cópia barata de eras passadas por parte da TNA? Salta à vista de qualquer um que apenas uma das companhias está a fazer um esforço para apresentar um produto que seja adequado aos tempos que correm, tentando conquistar de novo o que perdeu. Essa companhia está sediada em Connecticut.

Muito sinceramente, ainda tento assistir a alguns shows da TNA. Aquilo tem um potencial enorme, um "star power" de fazer inveja a muitos, mas mesmo assim há ali algo que me tresanda a WCW parte II. Já o disse antes, volto a dizê-lo. O meu grande problema com esta companhia é que eles parecem não conseguir sair da cepa torta, cometendo erros atrás de erros, infantilidades, no sentido estrito da palavra. Ainda recentemente vimos aquela promo a copiar a do Undertaker. Sinceramente, alguém me pode justificar tal estupidez? Uma coisa é uma promo para o regresso de um ícone do wrestling com todo o seu mérito, a outra é quase gozar com a companhia com quem tenta rivalizar mas que não consegue chegar aos calcanhares. Será que é preciso tentar assim tanto ridicularizar o produto dos outros? Isso só leva a que gozem com eles mesmos e percam créditos entre aqueles que querem uma "guerra" entre duas companhias. Eu sou desses.

A concorrência trás qualidade e aqui temos de apontar o dedo a duas companhias (passado) pela falta da mesma: TNA, por não querer (parece) suplantar a "rival" e WWE, que não toma a TNA como isso, no meu ver acertadamente. Ainda assim, recentemente temos assistido a uma mutação de conteúdos por parte da big E, que aparenta estar a deixar o seu produto PG para trás, de forma a trazer-nos uma nova era. Aliás, isso tem-se reflectido nos ratings, que subiram. No reverso da medalha, a small T está mais preocupada em copiar os outros e mostrar concursos de quem tem mais músculos, algo feito e refeito (e refeito). Vêem aqui a diferença de prioridades?

Não posso concordar, no entanto, com tudo o que a companhia do Tio Vince nos tem trazido. Por exemplo, acho que aquela fantochada de ter aparecido o Diesel, por muito "old school" que tenha sido, não passou disso, uma fantochada. O Booker T é outro caso, já que esse ainda se consegue mexer em ringue. Depois regressa o Triple H, narigudo, conseguindo logo rebaixar o plantel todo da companhia numa simples promo. Era mesmo necessário? Não me parece, mas tudo bem, ele é que sabe (manda). Há, mesmo assim, algo que me surpreendeu muito pela positiva (fora a saída da era PG que, apesar de ser interessante, não foi das melhores. Mas não a renuncio) que foi o regresso do The Rock. Digam o que disserem aquele homem é um DEUS do microfone e consegue manipular o público como poucos (ou nenhum). E quem melhor para "contracenar" com ele que John Cena? Ninguém. Tenho gostado de cada segundo que estes dois nos têm trazido, muito sinceramente.


Ainda bem que não ficaram à sombra da bananeira e nos têm trazido uma Road to Wrestlemania memorável. Pitadas de velha guarda, uns toques da nova e muita emoção. Oh TNA, porque não podes ser mais assim? Agarra-te à luta e cria um produto inigualável, é tudo o que te peço. E sem Scott Steiner e o outro carneiro lá para o meio, por favor!

Artigo escrito por Jimmy the Kid